Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, ou pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é, geralmente, depreciativa ou sarcástica, embora o sarcasmo tenha um tom mais agressivo. Existe frequentemente na linguagem corrente, como quando dizemos "Vens num belo estado!" (para indicar que reprovamos a aparência de alguém).
Exemplos:
As moças entrebeijam-se porque não podem comer-se umas às outras. (Monteiro Lobato)
Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta (Mário de Andrade)
É também um estilo de linguagem caracterizado por subverter o símbolo que, a princípio, representa. A ironia utiliza-se como uma forma de linguagem pré-estabelecida para, a partir e de dentro dela, contestá-la.
Foi utilizada por Sócrates, na Grécia Antiga, como ferramenta para fazer os seus interlocutures entrarem em contradição, no seu método Socrático.
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